quinta-feira, 19 de maio de 2016

A que será que se destina?

Esse texto foi escrito em um momento de reflexão, à luz dos últimos acontecimentos políticos no país e a proximidade da ocorrência do Encontro Estadual d@s Funcionári@s do Banco do Brasil no sábado (21/05), na Av. Graça Aranha, 19/9º andar, Sede da FETRAF.
Acredito que nossa pauta de reivindicações deva refletir nossas preocupações, anseios, mas também deixar bem claro que estamos aí pra luta que se anuncia.
E por falar no Encontro Estadual, aguardo você lá, colega!!!
Abraços, Lu Vieira


É Golpe!!!

Golpe iniciado, o desmonte do Estado está em andamento. Se tínhamos críticas às posturas que o governo Dilma vinha apresentando principalmente em seu segundo mandato, agora o medo e certa sensação de impotência e muita revolta tomou lugar. As principais estatais estão na mira dos patrões do ilegítimo governo Temer. Direitos trabalhistas conquistados com muito suor na luta dos trabalhadores estão em risco de serem dizimados. Nessa conjuntura nos resta fortalecer a luta ou amargar as consequências de não cruzarmos os braços. Está em risco muito mais do que o percentual de aumento do salário. A tão sonhada empregabilidade e as conquistas dos últimos 14 anos podem simplesmente deixar de existir. 

Privatizações à vista (a prazo e a preço de banana)!!!

Correndo para realizar as tarefas demandadas por quem financiou o golpe, o usurpador rapidamente  indicou o famigerado, e bem conhecido pelos funcionários e funcionárias do Banco do Brasil, Henrique Meirelles para ministro. Esse trouxe consigo seu antigo assecla Ilan Goldfajn indicando-o como novo presidente do Banco Central, deixando pra trás o cargo que ocupava de economista-chefe do Itaú. A intenção é clara: operacionalizar uma das maiores ações que o traidor Temer fará em seu governo ilegítimo no âmbito do sistema financeiro. Um privatista, privatiza. 
Conta feita, conta cobrada. Quem paga é você. Você, trabalhador que terá direitos minimizados e risco iminente de demissão. Você, população que sofrerá sob a égide da política de terceirizações de um banco privatizado. Você, cidadão que perderá o benefício da transformação  social de programas que não mais terão espaço em detrimento do lucro.  Perde o país que estará signatário da política capitalista gerida por especuladores.

Abono Não, Aumento real sim!

Colegas, diante desse panorama, a nós,  funcionári@s do Banco do Brasil, cabe uma missão essencial: sermos protagonistas da luta, como temos sido historicamente  em nossa categoria. É preciso pensar estrategicamente e seguir em frente. 
A conquista do aumento real foi algo que alcançamos através de muito diálogo e luta. A nossa mobilização enquanto trabalhadores foi o combustível fundamental para esse avanço. E é essa mesma mobilização que se fará necessária, ainda mais intensa, para que não o percamos. Manter a luta pelo aumento real é tratar com a dignidade dos trabalhadores, é não abrir mão de uma pauta que foi duramente debatida nos fóruns e nas mesas de negociação. Um governo ilegítimo não pode retirar a justa reivindicação dos trabalhadores, os trabalhadores não podem abrir mão de sua pauta. Não devemos retroceder um milímetro dentro de nossa minuta. O abono não interage com nossa pauta, não tem reflexos sobre aposentadoria. Não perdura como ganho para o trabalhador, é um engodo dos patrões. 
Não devemos ter pressa. A conjuntura é difícil e deve ter como resposta nossa entrega à luta. Não podemos dar espaço ao governo golpista pois corremos o risco de ver um banco privatizado e centenas  de demissões diárias. O assédio tomará proporções inomináveis. O momento é de lutar ou lutar. Retroceder jamais!


Por isso devemos reivindicar, principalmente:

ABONO NÃO, AUMENTO REAL SIM!
NÃO A POLÍTICA DE PRIVATIZAÇÕES!
TRABALHO DIGNO!
TODOS JUNTOS NA LUTA! A HORA É AGORA!
E,  nesse cenário político que por ora se apresenta:  ESTABILIDADE NO EMPREGO PARA @S FUNCIONÁRI@s DO BB!

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